A União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) revelou hoje que no ano passado foram registadas 20 595 situações de violência doméstica contra mulheres em Portugal, lamentando a falta de legislação eficaz que garanta a sua protecção.
Além dos mais de 20 mil casos de violência registados pelas forças policiais entre Novembro de 2005 e Novembro de 2006, verificando-se 39 casos de homicídio de mulheres, aos quais se juntam outras 43 tentativas de homicídio, segundo dados da UMAR. Estes são alguns dos números que constam da “folha de Dados: Igualdade de Género e Direitos das Mulheres”, apresentada hoje pela Associação para o Planeamento da Família (APF), em Lisboa, juntamente com a campanha “Estamos à espera de quê?”.
“Estes números são indicadores de uma realidade preocupante e do muito que há ainda a fazer para garantir os direitos das mulheres em Portugal”, disse a presidente da UMAR, Elisabete Brasil, lembrando que estes dados “não integram os casos que não foram participados ou tomados em conta por falta de prova”.
Também de acordo com aquela responsável, o combate para impedir a violência exercida contra a mulher em Portugal tem que “ser melhor estruturado”, nomeadamente “em termo de procedimentos legislativos e policiais”.
“A legislação em Portugal, mesmo após recentes reformas, ainda não é capaz de traduzir a vontade, anunciada pelo Governo, de acabar com a violência contra a mulher e de garantir a sua efectiva protecção”, afirmou também Elisabete Brasil.
- Sistema oferece “uma casa de abrigo”
A responsável sublinhou que não faz sentido que um sistema que se diz protector “não tenha mais nada a oferecer à vitima do que uma casa de abrigo”.
"Precisamos de medidas, e se estas não forem penais, têm que ser do foro administrativo e capazes de regulamentar medidas nesta área”, disse Elisabete Brasil, sublinhando que “o sistema de protecção da vítima contra a violência, não funciona e não é exequível”.
Elisabete Brasil considerou ainda ser fundamental que o sistema “dê indicadores às pessoas e especialmente aos agressores”, devendo, por exemplo, “estes últimos ser afastados das casas e não as mulheres vítimas de violência”.
Com a campanha “Estamos à espera de quê?”, a APF, através do projecto ROSA (Responsabilidade, Oportunidade, Solidariedade e Acção), pretende relembrar e aumentar a visibilidade dos chamados Objectivos do Milénio das Nações Unidas, ratificados por 189 país, entre os quais Portugal.
20.11.2007 – 20h 36 Lusa
Além dos mais de 20 mil casos de violência registados pelas forças policiais entre Novembro de 2005 e Novembro de 2006, verificando-se 39 casos de homicídio de mulheres, aos quais se juntam outras 43 tentativas de homicídio, segundo dados da UMAR. Estes são alguns dos números que constam da “folha de Dados: Igualdade de Género e Direitos das Mulheres”, apresentada hoje pela Associação para o Planeamento da Família (APF), em Lisboa, juntamente com a campanha “Estamos à espera de quê?”.
“Estes números são indicadores de uma realidade preocupante e do muito que há ainda a fazer para garantir os direitos das mulheres em Portugal”, disse a presidente da UMAR, Elisabete Brasil, lembrando que estes dados “não integram os casos que não foram participados ou tomados em conta por falta de prova”.
Também de acordo com aquela responsável, o combate para impedir a violência exercida contra a mulher em Portugal tem que “ser melhor estruturado”, nomeadamente “em termo de procedimentos legislativos e policiais”.
“A legislação em Portugal, mesmo após recentes reformas, ainda não é capaz de traduzir a vontade, anunciada pelo Governo, de acabar com a violência contra a mulher e de garantir a sua efectiva protecção”, afirmou também Elisabete Brasil.
- Sistema oferece “uma casa de abrigo”
A responsável sublinhou que não faz sentido que um sistema que se diz protector “não tenha mais nada a oferecer à vitima do que uma casa de abrigo”.
"Precisamos de medidas, e se estas não forem penais, têm que ser do foro administrativo e capazes de regulamentar medidas nesta área”, disse Elisabete Brasil, sublinhando que “o sistema de protecção da vítima contra a violência, não funciona e não é exequível”.
Elisabete Brasil considerou ainda ser fundamental que o sistema “dê indicadores às pessoas e especialmente aos agressores”, devendo, por exemplo, “estes últimos ser afastados das casas e não as mulheres vítimas de violência”.
Com a campanha “Estamos à espera de quê?”, a APF, através do projecto ROSA (Responsabilidade, Oportunidade, Solidariedade e Acção), pretende relembrar e aumentar a visibilidade dos chamados Objectivos do Milénio das Nações Unidas, ratificados por 189 país, entre os quais Portugal.
20.11.2007 – 20h 36 Lusa
1 comentário:
isto choca...muito bem feito
11º1
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