segunda-feira, 7 de abril de 2008

A realidade tal como ela é...Desigualdade NÃO há só em Portugal

- Violação como arma de guerra

Em Darfur, no Sudão, a violação e outras formas de violência sexual constituem graves violações dos direitos humanos, incluindo crimes contra a Humanidade e crimes de guerra. Na maioria dos casos, os Janjawid (milicianos recrutados entre os baggara, tribos nómadas africanos de língua árabe e religião muçulmana) cometem as atrocidades em público, em frente aos maridos ou de toda a comunidade.

- Apedrejamento na Nigéria

Segundo a lei islâmica denominada Sharia, uma mulher considerada adúltera deve ser enterrada até ao pescoço e apedrejada até à morte. Quem decreta a sentença são tribunais religiosos baseados na interpretação do livro sagrado do Islão, o Alcorão. A tarefa de executar a sentença cabe aos moradores da cidade, ex-vizinhos, ex-conhecidos e, especialmente, familiares da parte ofendida. Tudo sob a supervisão de um magistrado. A execução deve seguir regras: as pedras não devem ser demasiado grandes nem muito pequenas; as primeiras matam rapidamente a vítima e as segundas prolongam o suplício. Versos religiosos devem ser entoados durante o ritual.


- Quando o medo começa em casa

O lugar menos seguro para uma mulher é a sua própria casa. O risco de ser agredida no lar, pelo marido, ex-marido ou actual companheiro, é nove vezes maior do que o de sofrer alguma violência na rua. Uma em cada cinco mulheres europeias é vítima de violência doméstica, a maior causa de morte e invalidez no sexo feminino, entre os dezasseis anos e os quarenta e quatro anos. Portugal também possui uma das mais altas taxas de incidência do problema: cinco mortes por mês. Ao contrário do que se pensa, a agressão física não é a única forma de violência. Muitas mulheres são intimidadas, ameaçadas, sofrem privação económica, além das agressões psicológicas e sexuais. E uma vez que a violência começa, tende a piorar e a tornar-se cada vez mais frequente e destrutiva. Muitas vítimas não denunciam por vergonha e por medo. Entre as consequências psicológicas deste “ crime” podemos destacar: terror, agitação e ansiedade próximas do pânico, ameaça constante de ataque, impotência, desespero, sensação de abandono, desvalorização pessoal e constante depressão. As mulheres agredidas tendem a ser menos produtivas, faltam mais ao emprego e desenvolvem uma baixa auto-estima, estando mais sujeitas à depressão e ao stress.


NÃO SE ESQUEÇA QUE TUDO COMEÇA COM UM GRITO E NUNCA DEVE ACABAR COM UM SILÊNCIO.
in Revista Maria - 25/11/2007

1 comentário:

Anónimo disse...

A verdade choca... e apesar de ser esquecida por muitos, na consciência fica a mensagem. Os costumes injustos das culturas são aqueles que perduram e que, dificilmente, são alterados por alguém, mas nós, pelo ocidente, podemos ser o exemplo de um mundo mais justo... a começar pela mudança de mentalidade.