Eis-nos de luta
Expostas
Sem vencer os dias
As virilhas
Certas
No passado retomado
O rever das casas e das causas
O resolver das coisas
Que dormiam
Diária é a escolha
O movimento insano
O sossego manso e mais pesado
Daquilo que desperta e não quebramos.
Daquilo que rasgamos
E dobramos
Carta por carta em seu perfil exacto
Fêmeas somos
Fiéis à nossa imagem
Oposição sedenta que vestimos
Mulheres pois sem procurar vantagem
Mas certas bem dos homens que cobrimos.
E jamais caça
Seremos
Ou objecto
Dado
Nem voluntário odor
De bosque seco.
Vidro dizemos
Pedra
Caminhada
Em se chegar a nós
De barca
Ou vento
Remota viração que se reparte
Esta que usamos em cumprir
Sustento
De pressuposta amarra
Em que ficamos
Apartadas dos outros
E tão perto.
17/03/71
In Novas Cartas Portuguesas
Mª Isabel Barreno; MªVelho Costa; Mª Teresa Horta
quinta-feira, 17 de abril de 2008
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